Jonas Campos
Cuiabá, MT
A decisão foi unânime. Por 14, o presidente do CNJ nem precisou votar, os conselheiros atribuíram à pena máxima administrativa: a aposentadoria compulsória, aquela em que o magistrado é forçado a ir para casa.
Entre eles estão três desembargadores: o atual presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Mariano Travassos, o ex-presidente do Tribunal, José Ferreira Leite, José Tadeu Cury e mais sete juízes.
De acordo com a denúncia, o grupo desviou mais de R$ 1,4 milhão, entre 2003 e 2005. O valor foi usado para cobrir o prejuízo de uma cooperativa de crédito criada por uma loja maçônica de Mato Grosso - da qual o desembargador José Ferreira Leite era grão-mestre. O esquema teria a participação de laranjas.
"As três juízas deram o nome e conta para que o dinheiro passasse por lá e fosse para a maçonaria. Outros que receberam o chamado 'cala boca', receberam dinheiro para não se opor ao esquema de salvamento da maçonaria", explica o relator do caso no CNJ, Ives Gandra Martins.
O CNJ determinou que o processo seja encaminhado ao Ministério Público Estadual. A Promotoria deverá entrar com uma ação no Superior Tribunal de Justiça para tentar reaver o dinheiro desviado. Por enquanto, os desembargadores e juízes continuarão recebendo os salários.
Em nota, o Desembargador Mariano Alonso Ribeiro se declarou inocente, e disse que é vítima de decisão política. O advogado de José Ferreira Leite afirmou que o julgamento foi injusto. José Tadeu Cury não quis comentar o caso. Os três vão recorrer.
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