segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Prisão de Arruda vira atração no domingo de Carnaval em Brasília

A prisão do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), virou atração na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, na manhã deste domingo. Várias pessoas foram até o local para levar presentes ou até mesmo protestar.



A avó de Arruda veio visitá-lo durante a tarde, mas foi embora depois que viu os jornalistas na frente da PF. Também um dos advogados de Arruda, Tiago Bouza, foi à PF para trazer notícias do sobrinho dele, Rodrigo Diniz Arantes, que está preso. Segundo o advogado, ele não conseguiu falar com o governador licenciado porque ele estava descansando.



Mais cedo, um homem identificado como Adilson tentou entregar um livro de poesias intitulado "Coletânea Poética do Guará" ao governador, mas foi barrado na portaria pela segurança da PF.



A professora Anita Grossi --que tem o mesmo sobrenome do advogado de Arruda, José Gerardo Grossi, mas negou ser parente dele-- também tentou visitar o governador afastado, mas foi impedida. Ela chegou a argumentar que teria o nome na lista de pessoas autorizadas, mas sua entrada não foi liberada.



"Por que só ele? Outros 10 mil tinham que estar aqui. Os porões do PT são piores que os da ditadura", afirmou Anita Grossi, antes de deixar o local.



Por volta de 13h10, o cunhado de Arruda, Fábio Peres, levou almoço para o governador. Peres disse apenas que trazia arroz com carne, mas não quis dar mais detalhes da refeição.



Outro barrado na porta da PF foi o presidente interino do DEM no Distrito Federal, o deputado Osório Adriano, que queria visitar o governador. Segundo a PF, a entrada foi negada porque o nome de Adriano não constava na lista de pessoas autorizadas a visitar o governador neste domingo de Carnaval.



O deputado evitou fazer comentário sobre a prisão de Arruda. "Essa parte política, prefiro não comentar. Vim visitar o meu amigo José Roberto Arruda", afirmou.



Na quinta-feira, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou a prisão de Arruda e de mais cinco pessoas pela tentativa de suborno do jornalista Edson dos Santos, o Sombra, testemunha do inquérito policial que investiga denúncias de arrecadação e pagamento de propina por parte do governador a integrantes de sua base aliada.

Fonte: DM Online, com Agências

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