terça-feira, 2 de março de 2010

MEDICINA

Guilherme rossi assis de mendonça fez a opção pela unicamp, por ser a única instituição de ensino brasileira indicada ao prêmio nobel
Adriano Marquez Leite

Ao chegar no 3º ano do ensino médio, milhares de estudantes de todo o Brasil se deparam com a dúvida sobre qual faculdade cursar – algo que limita a carreira e a vida do jovem para sempre. Para o estudante Guilherme Rossi Assis de Mendonça não havia o que questionar: ele já havia se decidido pela medicina ainda no 1º ano do ensino médio. O maior problema era em qual faculdade se matricular, já que passou em sete vestibulares de universidades públicas de todo o País.

A escolhida foi a Universidade de Campinas (Unicamp), pela tradição em pesquisas na área médica, das quais Guilherme, aos 18 anos e ainda calouro, já sonha em se tornar parte. Mas poderia ter sido ainda as Universidades Federal de Goiás, Federal de Uberlândia, Federal do Mato Grosso do Sul, Federal de São Carlos, Federal de São Paulo ou ainda a de Brasília.

Na semana passada, o jovem se mudou para Campinas, onde deve morar pelos próximos seis anos, no mínimo, já que pretende dar continuidade aos estudos com mestrado e doutorado. Quando perguntado o motivo da escolha pela Unicamp, Guilherme não titubeou: foi a única instituição de ensino no Brasil que fez indicações ao Prêmio Nobel de Medicina, no ano passado. É um sonho, admite o rapaz, que compreende que ainda serão precisos anos de estudo para alcançar bons resultados. “Quero, sobretudo, ajudar a desenvolver medicamentos e técnicas para ajudar a salvar vidas”, diz.

Juntamente com os desafios de encarar um curso puxado, como o de medicina, em uma nova cidade, Guilherme também vai morar pela primeira vez sozinho. Reticente, o estudante de medicina explica que não acredita que seja fácil administrar uma casa só, ou simplesmente morar sem companhia. Contudo, Guilherme afirma que, como terá de estudar muito, terá pouco tempo para pensar em solidão.

Determinação
Estudioso desde que entrou na escola, o jovem afirma que para trilhar um caminho de sucesso é preciso foco. No ano passado, enquanto cursava o 3º ano do ensino médio, Guilherme até namorava, mas ressalta que as atividades de lazer não superavam os estudos. “Ficava cerca de sete horas por dia lendo e fazendo exercícios”, lembra Guilherme. “Não foi um ano fácil. Tive de abdicar da minha vida social. Mas valeu a pena”, diz.
Adriano Marquez Leite - O Popular

Nenhum comentário:

Postar um comentário