sábado, 17 de abril de 2010

Exame criminológico de Ademar de Jesus não apontou problemas mentais, afirma juiz

CRIMES EM LUZIÂNIA

O exame criminológico de Ademar de Jesus Silva, assassino confesso de seis adolescentes de Luziânia, não apontou necessidade de nenhum acompanhamento psicológico, nem indícios de doença mental. A afirmação é do juiz da Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), Luiz Carlos de Miranda, responsável pela concessão de liberdade ao pedreiro em dezembro de 2009.

Ele explica que o procedimento é feito para providenciar algum tratamento que por ventura seja necessário porque nenhum preso, no Brasil, pode ficar detido o resto da vida.

Miranda concede entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (16/4). Logo no início do encontro, às 10h30, o magistrado explica o que ocorreu no processo. E destacou: “Todo juiz ao soltar uma pessoa corre o risco de ela cometer algum crime mais na frente”.

Segundo ele, em decisão de progressão de regime, não cabem questões subjetivas. “Um juiz não pode decidir só pela sua cabeça, dizer que acredita que o acusado vai reincidir ou não”. Luiz Carlos de Miranda afirma que não havia motivos legais para não conceder a progressão de regime a Ademar de Jesus. Isso porque o laudo psicológico não apontava indícios de periculosidade. Além disso, relatórios realizados enquanto o pedreiro ainda estava encarcerado apontam bom comportamento do apenado.

O juiz destacou, ainda, que em casos de crime de comoção é irresponsável qualquer opinião divulgada sem conhecimento do processo. “Policial civil de Goiás, qualquer senador ou ministro vir a público falar sobre o que não conhece e não sabe, simplesmente para falar que houve um erro, não é aceitável”
Débora Álvares- Correio Brasiliense

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