Editorial-O Popular/11-04-10
Afrontam toda a população brasileira as articulações da maioria dos integrantes da Câmara dos Deputados para fazer fracassar a tentativa de aprovação do projeto denominado Ficha Limpa.
Quase 1,5 milhão de assinaturas, colhidas em apoio ao projeto, representam de forma inequívoca e acentuada os interesses da sociedade.
Os articuladores que defendem o direito dos mãos sujas de serem candidatos cometem ainda uma falácia, argumentando a inconstitucionalidade do projeto. Se qualquer cidadão tem de comprovar idoneidade para, por exemplo, inscrever-se em um concurso ou se candidatar a um emprego, como admitir que o mesmo não seja exigido da candidato a mandato eletivo?
O voto consciente deve ser dirigido à candidatos de conduta irrepreensível. Barrar candidaturas de quem não tenha trajetória correta ajudará a impedir que sejam eleitos personagens de histórico comprometido por comportamentos e atitudes muitas vezes eivadas de ilícitos. É preciso primeiro selecionar bem os candidatos, para então atribuir responsabilidade ao eleitor pela escolha de seus representantes.
Se os partidos cuidassem da formação das chapas com critérios mais rigorosos, elas seriam apresentadas ao eleitorado com maior seletividade. Mas isto, infelizmente, não ocorre. E, sendo assim, os pretendentes de ficha suja acabam conseguindo o seu lugar nessas chapas. Muitos conseguem se eleger e comprometem as instituições políticas do País.
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