Um empresário cearense desenvolveu uma alternativa de custo bastante baixo para iluminar as vias públicas. Um poste de iluminação movido a energia eólica ou solar.
O Ceará é um dos melhores locais, neste planeta, para geração de energia limpa, pelos ventos ou pelo sol. Por isso, um empresário cearense, Fernando Ximenes, proprietário da Gram Eolic, desenvolveu uma solução barata e acessível para iluminação pública: um poste cuja lâmpada acende com energia vinda do vento ou do sol. O nome técnico da invenção é Produtor Independente de Energia (PIE). Na verdade, trata-se de um poste feito de aço, com altura variando entre 12 e 18 metros, cujo topo abriga um avião de três metros de comprimento e uma bateria. O avião, fabricado em fibra de carbono e alumínio especial (mesmo material dos aviões comerciais), tem células solares de silício nas suas asas, que captam os raios ultravioletas e infravermelhos, transformando-os em até 400 watts de energia elétrica. Esta energia fica armazenada na bateria instalada logo abaixo do avião. As hélices funcionam como as pás dos moinhos de energia eólica. Quando começam a girar, impulsionadas pelo vento, elas também produzem até 1000 watts de energia que também vai para a bateria.
Quando escurece e o sistema de iluminação é acionado, a energia armazenada é utilizada, diminuindo a demanda sobre as centrais de distribuição via hidrelétricas ou térmicas.
Vantagens: cada poste com gerador pode fornecer energia para outros dois postes sem o equipamento, com seis lâmpadas LED cada um.
As fontes de captação eólica e solar funcionam em paralelo. Se houver sol, as asas captam a luz. Se houver vento, é a vez de as hélices trabalharem. Se ocorrerem sol e vento ao mesmo tempo, os dois sistemas trabalham sem prejuízo de um ou de outro. A bateria que armazena a energia destes captadores tem autonomia para 70 horas. Ou seja, se uma cidade ficar sem sol e sem vento, o poste ainda assim vai conseguir iluminar por até sete dias.
Outras vantagens:
Os poste eólico-solar gera uma economia de 21 mil reais por quilômetro/mês na conta da iluminação pública.
- A instalação do equipamento fica 10% menor que a do poste comum, porque não são necessários cabeamento, subestação e transmissão.
Com isso, não há perigo de choques ou curtos-circuitos.
- Economia no consumo de energia em iluminação pública. De modo geral, ela representa entre 7 e 10% do consumo de uma cidade. Com os postes a conta pode cair pela metade.
Os estados de Goiás, Paraíba e Tocantins foram os primeiros a usar postes de iluminação pública a energia solar. Em maio do ano passado, foram instalados 500 postes em Patos (PB), 300 em Goiânia e 800 em Palmas (TO).
Postado por Instituto Ethos
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