segunda-feira, 28 de junho de 2010

Possível alvo do Ficha Limpa, Roriz oficializa candidatura no DF

Laryssa Borges
Possível alvo das penalidades impostas pela Lei do Ficha Limpa, o ex-governador e ex-senador Joaquim Roriz (PSC) oficializou neste domingo (27) sua candidatura ao governo do Distrito Federal. O político, que deve consolidar palanque para o tucano José Serra em Brasília e nas cidades-satélite do DF, nega que esteja enquadrado na exigência de ficha limpa judicial por considerar que "nos meus 20 anos de vida pública no DF nunca sofri condenação".

"Eu confio na Justiça do meu País e se quiserem me derrotar terão que ir às ruas pedir votos porque no tapetão não ganham", disse o candidato em convenção na Confederação Nacional dos Trabalhadores, em Brasília.

Roriz, que governou o Distrito Federal por 14 anos, tem apoio na campanha do PR, PSDB, PMN, PSDC, PTdoB, PRTB e PTS. O candidato a vice é o deputado federal Jofran Frejat (PR).

Há duas semanas o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que a exigência de Ficha Limpa nas eleições vale no pleito de outubro e também para condenações anunciadas antes da sanção da própria lei. O caso deve provocar uma enxurrada de ações no Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que a interpretação do tribunal eleitoral é a de que condenações passadas, mesmo que não significassem inelegibilidade, representam ficha suja para o político e impedem suas candidaturas.

Líder nas pesquisas de intenção de votos no Distrito Federal, Joaquim Roriz pode estar impedido de disputar a preferência popular no dia 3 de outubro. No caso dele, o registro da candidatura seria negado porque renunciou ao mandato de senador que tinha para evitar que fosse cassado - situação também prevista como inelegibilidade na Ficha Limpa. Em 2007 ele teve uma conversa grampeada em que combinava a partilha de R$ 2,2 milhões de reais com o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Tarcísio Franklin de Moura.

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