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Marconi Perillo, do PSDB, foi eleito governador de Goiás pela terceira vez em sua carreira política
Em disputa acirrada desde o início do segundo turno, Marconi Perillo, do PSDB, venceu neste domingo a eleição para governador de Goiás. Com 100% das urnas apuradas, de acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o tucano está matematicamente eleito com 52,99% dos votos (1.551.132). Iris Rezende, do PMDB, teve 47,01% (1.376.188).
Os votos brancos somaram 1,51% (47.619), e os nulos 5,80% (183.165). O Estado tem 4.059.028 eleitores.
Empatados tecnicamente nas pesquisas de intenções de votos, os candidatos protagonizaram uma das disputas mais acirradas do segundo turno em busca, pela terceira vez cada um, do governo de Goiás.
Ex-governadores do Estado, os candidatos reproduzem regionalmente a estratégia nacional de oposição entre os projetos políticos de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).
Perillo se transformou, ao longo da campanha, em um dos mais fiéis cabos eleitorais de Serra --o que rendeu ao tucano duros ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em comício no Estado depois do primeiro turno, o petista fez críticas a Perillo ao acusar o ex-governador de ser responsável pelo desvio de recursos e de "mentir" ao exibir em seu programa eleitoral trechos da Ferrovia Norte-Sul como um de seus feitos.
Rezende, por sua vez, cresceu nas intenções de voto no segundo turno com o auxílio da popularidade do presidente --principal cabo eleitoral de Dilma--, que hoje alcança 83% de aprovação, segundo o Datafolha.
No primeiro turno, Perillo abriu vantagem de dez pontos percentuais sobre o adversário ao receber 46% dos votos contra 36% do peemedebista.
HISTÓRICO
Perillo foi eleito governador de Goiás em 1998, sendo reeleito em 2002.
Rezende, por sua vez, já governou Goiás por duas vezes, de 1983 a 1986 e de 1991 a 1994. Apesar das duas derrotas para o governo do Estado para Perillo, em 2004, Rezende foi eleito prefeito de Goiânia, reelegendo-se em 2008 com 74% dos votos.
Em comum, os dois respondem a denúncias que vão de compra de votos até pagamento de propina. Em agosto, Rezende foi condenado pela Justiça do Estado a multa de R$ 50 mil e teve seus direitos políticos suspensos por três anos por crime de improbidade administrativa.
No entanto, sua candidatura não foi afetada. Perillo, por sua vez, é investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) pela suspeita de ter recebido propina de frigoríficos para modificar leis com o objetivo de favorecer o setor.
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