O prefeito do município de Campo Grande (AL), Arnaldo Higino Lessa (PTB), foi denunciado pelo Ministério Público de Alagoas sob acusação de ter desviado água da rede de abastecimento da cidade para beneficiar sua fazenda.
A denúncia por crime de furto qualificado mediante fraude foi ajuizado no Tribunal de Justiça, após investigação feita pela Promotoria de Justiça de Girau do Ponciano.
A pena prevista em lei é de reclusão de dois a oito anos, além de multa.
A descoberta da ligação clandestina na fazenda do prefeito aconteceu quando a Casal (Companhia de Saneamento de Alagoas), motivada por reclamações de moradores, realizou uma vistoria na rede de abastecimento.
O "gato" de Higino Lessa provocava falta de água em três povoados: Cabaças, Traíras e Capim.
O prefeito mantém na fazenda um parque de vaquejada --atividade recreativa-competitiva onde cavalos são utilizados para conduzir bois. Mais da metade dos cerca de 9 mil habitantes de Campo Grande vive abaixo da linha da pobreza, segundo o IBGE.
OUTRAS DENÚNCIAS
O furto de água não foi o único escândalo enfrentado pelo prefeito de Campo Grande desde que ele foi reeleito, em 2008. No início de seu segundo mandato, um relatório do Conselho Estadual de Educação do Estado de Sergipe incluiu o nome de Higino Lessa entre os políticos alagoanos beneficiados por um centro educacional que emitia certificados de conclusão de curso falsificados.
No ano passado, o petebista chegou a ser afastado do cargo por dois meses enquanto uma denúncia de compra de votos era apurada.
Higino Lessa havia derrotado o candidato da oposição, Cícero Ferreira (PSDB), por 3.459 a 2.547 votos. Porém, uma investigação indicou que parte dos votos poderia ter sido comprada usando a máquina administrativa.
Na época, o petebista conseguiu reaver seu cargo com uma ação cautelar contra a decisão em primeira instância do TRE (Tribunal Regional Eleitoral). O prefeito não foi encontrado.
Folha.com
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