quinta-feira, 21 de julho de 2011

Promotora deixa sessão para ajudar marido e desmaia no DF

A promotora Deborah Guerner passou mal e desmaiou nesta quinta-feira (21) durante seu julgamento no TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), em Brasília.

Deborah e o promotor Leonardo Bandarra são acusados de envolvimento no mensalão do DEM.

Ela buscava ajuda no serviço médico ao marido, Jorge Guerner, que teve uma crise de pressão alta. Nervosa, ela saiu correndo da sessão em busca de atendimento e desmaiou na pista fora do TRF-', que dá acesso ao serviço médico.
Segundo um dos advogados de Deborah, Maurício Araújo, a promotora teve mesmo um mal-estar e precisou de atendimento. "Ela teve um mal-estar e sofreu um desmaio", disse.

Perguntado se isso seria mais uma simulação de Deborah, ele negou. "Isso seria má-fé. Ela sofreu um desmaio. Não teria por que simular isso. Eles estão com o estado emocional fragilizado."

O advogado vai comunicar ao presidente do TRF-' o ocorrido, mas não vai pedir a suspensão do julgamento.

CNMP

Nesta semana, o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) rejeitou recurso e manteve a demissão de Bandarra e Guerner.

Ambos foram condenados administrativamente por "violação de sigilo profissional com a solicitação e obtenção de recompensa" e "exigência de pecuna", e receberam a pena máxima contra um membro do Ministério Público.

Eles responderam no conselho pela acusação de receber propina e favorecer o então governador do DF José Roberto Arruda (ex-DEM), acusado de ser o chefe do esquema.

No começo do ano passado, Arruda foi preso e perdeu o cargo depois que as denúncias vieram a público.

Em dezembro, Guerner e Bandarra foram afastados por 120 dias pelo CNMP. O afastamento terminou em abril.

No dia 20 de abril, a promotora foi presa pela Polícia Federal, em Brasília, sob a acusação, entre outras, de ter tomado aulas para simular problemas mentais.

O Ministério Público Federal suspeita que a promotora comprou atestados médicos falsos e foi treinada para simular problemas mentais, o que baseou o pedido inicial de prisão.

O propósito seria o de atrapalhar as investigações que ela enfrenta desde 2009 por suposto envolvimento com o escândalo do mensalão do DEM.

O marido da promotora, o empresário Jorge Guerner, também foi preso.

Oito dias depois, ela foi solta por decisão do ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Napoleão Nunes Maia Filho.

No início de maio, o CNMP aplicou a pena máxima a Guerner e Bandarra e recomendou a demissão deles.

O processo na Justiça corre em sigilo. No início de junho, a Corte Especial do TRF da 1º Região decidiu que a promotora não tem insanidade mental, como alega a defesa.

Com Agência Brasil

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