segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A DIFÍCIL TAREFA DE ENFRENTAR A CORRUPÇÃO


A presidenta Dilma Rousseff está descobrindo a dificuldade de qualquer cidadão em posição de autoridade ou não, de se posicionar contra a cultura da corrupção. Ao decidir enfrentar essa que é denominada a maior praga do século, ela descobre que quando não se deixa os aliados fazerem o que querem, no caso se locupletar à custa do erário, eles fazem beicinho e não brincam mais. Pelo menos até o momento em que se anuncie uma nova liberação de verbas de emendas parlamentares. Ou uma nova leva de nomeações de cargos. Há muitos anos que os brasileiros já sabem que o sinônimo de base aliada no Brasil é licença para desvio generalizado de recursos para os políticos e partidos que a compõe, o que é feito com a partilha da máquina pública. Mas existe um código: Pode roubar, mas não pode ser pego. Aqueles que são pegos são considerados amadores e idiotas e são abandonados à própria sorte. Ter experiência política na maioria das vezes significa fazer as malandragens sem deixar rastro. Aqueles que conseguem fazer isso são promovidos no partido e ganham projeção, ou seja, espaço político e bem estar. A Presidenta Dilma Rousseff quer, aparentemente, acabar com essa conexão automática, de que ao fazer parte da base aliada, há uma licença para os mau feitos. Mas infelizmente ela está descobrindo o quão difícil é essa tarefa. O nosso sistema político está podre, e uma grande maioria de pessoas milita nos partidos e na política para defender interesses próprios. Membros de organizações sociais, cidadãos, e autoridades que decidem tomar ação contra a corrupção sabem o que isso significa. Invariavelmente enfrentam ameaças, inimizades de familiares e partidários dos corruptos, prejuízos nos seus negócios, preconceitos nas empresas e organizações nas quais trabalham, pois as empresas de forma geral não querem se meter com o combate à corrupção, e represálias diversas dos bandidos. Alguns lutadores contra a corrupção são simplesmente assassinados, como é o caso da juíza Patricia Acioly de São Gonçalo, e o vereador Evaldo Nalin de Analandia. È por isso que o combate à corrupção não é uma tarefa tão simples. É por isso que a presidenta Dilma Rousseff merece apoio da sociedade quando ela toma medidas contra a corrupção. Questões partidárias, ideológicas, preferências pessoais devem ser deixadas de lado nesse momento. A luta contra a corrupção deve ser elevada a objetivo maior da sociedade, pois não existe câncer mais agressivo para corroer o tecido social do que a corrupção. E a questão da corrupção está presente em todos os segmentos da sociedade, no executivo, legislativo, judiciário, e no setor privado. É uma questão cultural. O Congresso não vota medidas que ajudariam o combate à corrupção porque isso vai contra os interesses da maioria que lá milita. É o caso do fim do foro privilegiado, da aplicação da Lei de Improbidade Administrativa a todos agentes públicos, a criminalização do enriquecimento ilícito e a criminalização de pessoas jurídicas.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,cartas--19082011,760664,0.htm
Josmar Verillo jverillo@amarribo.org.br
Ribeirão Bonito
A presidenta Dilma Rousseff está descobrindo a dificuldade de qualquer cidadão em posição de autoridade ou não, de se posicionar contra a cultura da corrupção. Ao decidir enfrentar essa que é denominada a maior praga do século, ela descobre que quando não se deixa os aliados fazerem o que querem, no caso se locupletar à custa do erário, eles fazem beicinho e não brincam mais. Pelo menos até o momento em que se anuncie uma nova liberação de verbas de emendas parlamentares. Ou uma nova leva de nomeações de cargos. Há muitos anos que os brasileiros já sabem que o sinônimo de base aliada no Brasil é licença para desvio generalizado de recursos para os políticos e partidos que a compõe, o que é feito com a partilha da máquina pública. Mas existe um código: Pode roubar, mas não pode ser pego. Aqueles que são pegos são considerados amadores e idiotas e são abandonados à própria sorte. Ter experiência política na maioria das vezes significa fazer as malandragens sem deixar rastro. Aqueles que conseguem fazer isso são promovidos no partido e ganham projeção, ou seja, espaço político e bem estar. A Presidenta Dilma Rousseff quer, aparentemente, acabar com essa conexão automática, de que ao fazer parte da base aliada, há uma licença para os mau feitos. Mas infelizmente ela está descobrindo o quão difícil é essa tarefa. O nosso sistema político está podre, e uma grande maioria de pessoas milita nos partidos e na política para defender interesses próprios. Membros de organizações sociais, cidadãos, e autoridades que decidem tomar ação contra a corrupção sabem o que isso significa. Invariavelmente enfrentam ameaças, inimizades de familiares e partidários dos corruptos, prejuízos nos seus negócios, preconceitos nas empresas e organizações nas quais trabalham, pois as empresas de forma geral não querem se meter com o combate à corrupção, e represálias diversas dos bandidos. Alguns lutadores contra a corrupção são simplesmente assassinados, como é o caso da juíza Patricia Acioly de São Gonçalo, e o vereador Evaldo Nalin de Analandia. È por isso que o combate à corrupção não é uma tarefa tão simples. É por isso que a presidenta Dilma Rousseff merece apoio da sociedade quando ela toma medidas contra a corrupção. Questões partidárias, ideológicas, preferências pessoais devem ser deixadas de lado nesse momento. A luta contra a corrupção deve ser elevada a objetivo maior da sociedade, pois não existe câncer mais agressivo para corroer o tecido social do que a corrupção. E a questão da corrupção está presente em todos os segmentos da sociedade, no executivo, legislativo, judiciário, e no setor privado. É uma questão cultural. O Congresso não vota medidas que ajudariam o combate à corrupção porque isso vai contra os interesses da maioria que lá milita. É o caso do fim do foro privilegiado, da aplicação da Lei de Improbidade Administrativa a todos agentes públicos, a criminalização do enriquecimento ilícito e a criminalização de pessoas jurídicas.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,cartas--19082011,760664,0.htm
Josmar Verillo jverillo@amarribo.org.br
Ribeirão Bonito

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