Laryssa Borges
Os oposicionistas PSDB e Democratas apresentaram nesta quarta-feira na Câmara Legislativa do Distrito Federal pedido de impeachment contra o governador do DF, Agnelo Queiroz (PT). O nome do petista, que foi ministro do Esporte, é apontado como suspeito de ter recebido propina quando era dirigente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para autorizar a comercialização de um medicamento. O governador nega a acusação.
Sucessor de Agnelo, o ex-ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB), deixou o governo Dilma Rousseff após ter sido citado como integrante de um suposto esquema de desvio de recursos públicos por meio de organizações não-governamentais (ONGs).
O denunciante do suposto esquema do qual Orlando Silva faria parte, João Dias Ferreira, foi um dos cinco presos no ano passado pela polícia de Brasília sob suspeita de participar de desvios de recursos destinado a um programa da pasta. Investigações passadas apontavam diversos membros do PCdoB como protagonistas das irregularidades, na época da Operação Shaolin, mas é a primeira vez que o nome do ministro é mencionado por um dos suspeitos. Ferreira, por meio da Associação João Dias de Kung Fu e da Federação Brasiliense de Kung Fu, firmou dois convênios, em 2005 e 2006, com o Ministério do Esporte.
De acordo com Ferreira, o esquema utilizava o programa Segundo Tempo para desviar recursos usando ONGs como fachada. Conforme Orlando Silva, foi Agnelo Queiroz quem pediu para que o então ministro recebesse o dirigente esportivo.
Com ampla base de apoio, Agnelo Queiroz não deve, entretanto, enfrentar dificuldades em engavetar o pedido de impeachment. Os partidos oposicionistas, no entanto, prometem requisitar que o Ministério Público para que o caso não seja encerrado de forma sumária.
Jornal do Brasil
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