quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Reitor renuncia após denúncia de irregularidades na federal de RO

RENATO MACHADO
DE BRASÍLIA

O reitor da Unir (Universidade Federal de Rondônia), José Januário Oliveira Amaral, renunciou ao cargo na manhã desta quarta-feira. Amaral é acusado de envolvimento em uma série de irregularidades na Riomar (Fundação Rio Madeira).

A carta de renúncia foi apresentada em audiência com o ministro da Educação, Fernando Haddad. O pedido de afastamento agora será encaminhado à presidente Dilma Rousseff, pois se trata de um cargo de provimento. A exoneração deve ser publicada nos próximos dias no "Diário Oficial da União".

O Ministério da Educação divulgou nota informando que Januário Amaral decidiu renunciar ao "constatar a falta de condições para conduzir a universidade, em razão da série de denúncias de malversação e desvio de recursos que envolvem a Fundação Rio Madeira, que serve de apoio à Unir".

As irregularidades na fundação foram investigadas pelo Ministério Público Estadual de Rondônia através da Operação Magnífico. O órgão aponta a existência de "organização criminosa" que seria responsável por desvio de recursos, contratação de empresas fantasmas, utilização de laranjas e compras de produtos superfaturados.

"Quase todos os envolvidos são pessoas ligada ao reitor José Januário Oliveira Amaral, também suspeito de envolvimento no esquema", informa documento do Ministério Público encaminhado ao MEC.

O reitor também é acusado de contratar irregularmente como docente Daniel Delani, com quem Amaral manteria uma união estável. Uma sobrinha do reitor seria funcionária fantasma na fundação.

O MEC informou que em 24 de outubro foi constituída uma comissão de auditores com representantes do próprio ministério e da CGU (Controladoria-Geral da União) para fazer levantamento da situação e auditar as contas, tanto da Riomar quanto da Unir. O relatório final deve ser entregue nos próximos dias.

"O ministro Fernando Haddad indicou uma outra comissão para avaliar as condições de funcionamento da universidade. Segundo denúncias de estudantes e professores, tais condições eram as piores possíveis", informou o ministério.

A Folha tentou contato com o reitor na manhã desta quarta-feira, por meio da assessoria de imprensa da Unir, mas ainda não obteve resposta.
Fonte: Folha.com

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