domingo, 4 de março de 2012

Caso Cachoeira bate no Congresso e sobe ao STF

Caso Cachoeira bate no Congresso e sobe ao STFFoto: Divulgação

AS INFORMAÇÕES DA OPERAÇÃO MONTE CARLO, QUE PRENDEU O BICHEIRO (ESQ.), VÊM SENDO MANTIDAS EM SIGILO, MAS JÁ SE SABE QUE O SARGENTO IDALBERTO ARAÚJO (DIR.), NOTÓRIO POR GRAMPOS ILEGAIS FOI PRESO; CONGRESSISTAS TAMBÉM FORAM FISGADOS E O SENADOR DEMÓSTENES TORRES (DEM-GO) É UM DOS MAIS APREENSIVOS


247 – A prisão do bicheiro Carlinhos Cachoeira, pivô do primeiro grande escândalo do governo Lula – o pedido de propina feito a ele por Waldomiro Diniz, ex-assessor da Casa Civil, ontem condenado a 12 anos de prisão por corrupção –, ainda pode render novas confusões. Embora as informações da Operação Monte Carlo, que desarticulou uma quadrilha de caça-níqueis em cinco estados, liderada por Cachoeira, estejam sendo divulgadas a conta-gotas, já se sabe que também foi preso o sargento Idalberto Araújo.

Conhecido em Brasília como Dadá, Araújo é notório pela participação em esquemas de grampos ilegais, especialmente em casos de grande repercussão política. Dadá participou da Operação Satiagraha e também de uma reunião da pré-campanha presidencial da presidente Dilma com o jornalista Amaury Ribeiro Júnior, autor do livro Privataria Tucana. Naquela reunião, parte da equipe foi acusada de preparar dossiês contra adversários, mas Amaury deu a volta por cima com seu livro, que já vendeu mais de 100 mil exemplares.

O ponto mais explosivo da Operação Monte Carlo, no entanto, envolve parlamentares. E, por isso mesmo, parte dos autos foi enviada ao Supremo Tribunal Federal, uma vez que os congressistas gozam de foro privilegiado. Um dos personagens mais apreensivos no Congresso é o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Suspeita-se de que o bicheiro Carlinhos Cachoeira tenha grande influência na venda de equipamentos para a segurança pública de Goiás, uma área sob o domínio de Demóstenes.

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