sexta-feira, 27 de abril de 2012

Prefeito de Londrina será investigado pela Câmara de Vereadores da cidade


Barbosa Neto (PDT) é suspeito de usar seguranças da prefeitura em uma rádio da família


Evandro Fadel, da Agência Estado
CURITIBA - A Câmara de Vereadores de Londrina, no norte do Paraná, aprovou na tarde desta quinta-feira, 26, a instalação de uma Comissão Processante para investigar denúncias de que seguranças da empresa Centronic, contratada da prefeitura, teriam prestado serviços particulares ao prefeito Barbosa Neto (PDT) como vigilantes em uma rádio da família. O prefeito esteve na Câmara, mas seu pronunciamento não foi permitido e ele acabou liberando os vereadores de sua base para a votação. Todos os 18 vereadores presentes aprovaram a comissão. Apenas um esteve ausente da sessão.
A Comissão Processante pode decidir pela cassação do prefeito, mas ele acentuou que não teme as investigações. "Estou com a consciência tranquila, porque nenhum vigia foi desviado da prefeitura para trabalhar na emissora de rádio", afirmou. "Há comprovadamente e testemunhalmente, com ofícios e documentos, como comprovar o fato." Ele pediu que o julgamento seja ''justo''. "Não vamos deixar pairar dúvidas sobre nossa conduta", reforçou.
No ano passado, uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) apontou que a comprovação do pagamento dos seguranças teria sido feito com notas de permutas de publicidade. "A forma de comprovação do contrato firmado entre empresas jurídicas é muito frágil e os documentos anteriores à sua emissão estão com datas rasuradas, não sendo possível atestar com precisão que a data correta da emissão da autorização de publicidade número 1128 é real", diz parte do relatório que será um dos instrumentos para os trabalhos da Comissão Processante.
Na terça-feira, o ex-secretário de Governo Marco Cito e o ex-funcionário público Ludovico Bonato foram presos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), sob acusação de terem tentado subornar o vereador Amauri Cardoso (PSDB) para que votasse contra a Comissão Processante. Segundo Cardoso, eles teriam prometido R$ 80 mil divididos em três parcelas. Bonato foi preso no momento em que, segundo o Gaeco, entregaria R$ 20 mil ao vereador. 
Fonte: Estadão.com.br

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