sexta-feira, 14 de maio de 2010

Procuradora não recebe visitas e recusa refeições em prisão

G1
A procuradora aposentada Vera Lúcia Sant’Anna Gomes, acusada de torturar a menina de 2 anos que ela pretendia adotar, vai ficar presa pelo menos até a próxima semana, quando a Justiça decide sobre o pedido de habeas corpus. Ela está numa cela com mais nove mulheres.

Vera Lúcia está há mais de 24 horas no presídio feminino Nelson Hungria, conhecido como Bangu 7. Como tem curso superior, a procuradora aposentada tem direito a cela especial, com televisão e banheiro.

Ela divide o espaço com outras nove presas, a maioria presa por tráfico de drogas. Todas dormem em beliches. Nesta sexta-feira (14), ela não recebeu visitas e desde a noite de quinta-feira (13) ela recusa as refeições do presídio. A acusada come apenas frutas e biscoitos que ela mesma levou.

Acusada de agredir a menina de 2 anos que pretendia adotar, ela passou oito dias foragida. Vera Lúcia se entregou depois da divulgação de um cartaz do Disque-Denúncia pedindo informações sobre seu paradeiro.

O advogado de defesa, Jair Leite Pereira, disse que vai entrar com pedido de prisão domiciliar alegando que a procuradora tem endereço fixo e não tem antecedentes criminais.

Justiça vai analisar pedido de habeas corpus
Na próxima terça-feira (18), a Justiça vai analisar o pedido de habeas corpus que pode dar liberdade à acusada. A previsão é que Vera Lúcia seja julgada ainda em julho deste ano. Se for condenada, pode pegar de dois a oito anos de prisão. Mas a pena deve aumentar por se tratar de um crime hediondo de tortura contra uma criança.

“Pelo fato de ser a vitima criança indefesa é algo que o juiz pode usar para colocar a pena acima do mínimo legal”, disse Bruno Melaragno, conselheiro da Organização dos Advogados do Brasil (OAB).

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