Polícia Federal prende Governador do Amapá, Irmãos do governador, o ex-governador Walter Góes, a ex-primeira-dama, o presidente do Tribunal de Contas do Estado, o secretário de Segurança Pública Aldo Alves Ferreira e apreende R$ 1 milhão e cinco carros de luxo
G1 apurou que parte do dinheiro estava na Secretaria de Segurança.
Nathalia Passarinho e Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília
A Polícia Federal informou nesta sexta-feira (10) que foram apreendidos cinco carros de luxo e R$ 1 milhão no Amapá, durante a Operação Mãos Limpas, que prendeu o governador do estado, Pedro Paulo Dias (PP), e outras 17 pessoas. Também foram apreendidas quatro armas.
Vídeo da Polícia Federal mostra carros, dinheiro e armas apreendidos na casa do presidente do TCE-AP, na Paraíba; veja ao lado
O G1 apurou que os carros importados, entre eles uma Ferrari, um Maserati, duas Mercedes e um Mini Cooper, estavam em propriedades do presidente do Tribunal de Contas do estado, José Júlio de Miranda Coelho.
Grande parte do dinheiro apreendido pela PF foi encontrada nas secretarias estaduais, principalmente na de Segurança Pública, cujo secretário, Aldo Alves Ferreira, também foi preso na operação da PF. Ele é delegado da Polícia Federal e, além de investigado criminalmente, vai responder a processo disciplinar.
Com a ajuda de familiares que ocupavam cargos no governo, Pedro Paulo Dias teria montado uma quadrilha para desviar recursos da União e do estado.
De acordo com a apuração do G1, entre as 18 pessoas presas, estão dois irmãos do governador: Benedito Dias, secretário especial de Governo, e Elpídio Dias, secretário de Saúde. Além deles, foi presa a namorada do governador e a ex-primeira-dama do estado Marília Goés. Ela é mulher do ex-governador do Amapá Walter Goés, que também foi preso nesta tarde.
O presidente da Assembléia Legislativa do estado, Jorge Amanajás (PSDB), candidato a governador, depôs na Polícia Federal do Amapá, após um mandado de condução coercitiva. De acordo com a PF, ele já foi liberado.
A PF no estado informou ainda que, ao cumprir um mandado de busca e apreensão na casa do prefeito de Macapá, Antônio Roberto Rodrigues, foi encontrada uma arma. Com isso, ele foi autuado em flagrante e levado à PF para prestar esclarecimentos. O prefeito pagou fiança e foi solto.
A Operação Mãos Limpas da Polícia Federal foi deflagrada nesta tarde. Os 18 acusados de participação em uma organização criminosa serão transferidos para Brasília nesta sexta. Eles irão para a Superintendência da PF e depois serão encaminhados para fazer exame de corpo de delito.
Pedro Paulo, que está preso no quartel do Exército, em Macapá, ficará preso na carceragem da Superintendência, assim como o presidente do Tribunal de Contas do Estado. Os demais presos ficarão na penitenciária da Papupa, em uma carceragem destinada a pessoas investigadas pela PF.
Foram mobilizados 600 policiais federais para cumprir 18 mandados de prisão temporária, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo a PF, estão envolvidos no esquema servidores públicos, políticos e empresários.
As apurações da Polícia Federal revelaram indícios de um esquema de desvio de recursos da União que eram repassados à Secretaria de Educação do Estado do Amapá, provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).
FONTE: ONG SEMPRE VIVA XAVANTINA
Os corruptos abaixo foram convocados a depor na PF. Mas como eles que fazem a lei ficaram só alguns que a PF pegou no flagra e os outros foram liberados após alguns horas.
ResponderExcluirLista dos nomes da Operação Mãos Limpas (Essa lista aqui abaixo é a lista daqueles que prometeram melhorar o Amapá e até o Brazil, mas desse jeito !:????? Roubando dinheiro da EDUCAÇÃO isso já é uma sacanagem nós devemos sair pra ruas com as caras pintadas e tirar esses mafiosos do poder,basta 04 anos sendo enganado e regredindo CHEGA!!!!!!!! tá na hora de todos nós acordamos desse pesadelo que nos aflinge.
Deputado Edinho Duarte
Deputado Dalto Martins
Presidente da Assembleia Jorge Amanajás
Presidente do Tribunal de Contas do Estado, Amiraldo Favacho
Jornalista Carlos Lobato
Do Jornal Gazeta, Silas Assis
Da empresa Amapá Serviços, Wellington
Da federação de segurança pública Zequinha
Governador: Pedro Paulo
Primeira Dama: Denise Carvalho
Alberto Góes
Ex-governador: Waldez Góes
Ex-primeira dama: Marília Góes
Secretária de comunicação do governo: Cléia
Da Amapá Vip: Alexandre
Secretário especial do governo e irmão do governador Benedito Dias
Alguns deram seus depoimentos, porem como foram pegados no flagra mesmo não tiveram pra onde correr.
Pedro Paulo Dias de Carvalho
José Júlio Miranda
Waldez Góes
Aldo Alvez Ferreira
José do Espirito Santo Galvão Vera
José Adauto Santos Bittencourt
Alexandre Gomes de Albuquerque
Rui Santos Carvalho
Raimundo dos Santos Cardoso
Francisco Adilon Filho
José Orlando Menezes Ferreira
Josiel Fernandes da Silva
Rui Tork de Castro
Raimundo dos Santos Cardoso
Eric Sobrinho de Lucena
Laerte Silva
Marília Góes
Lívia Bruna de Melo
Karla Góes da Costo
Valor desviado pode chegar a R$ 820 milhões
ResponderExcluirSoma foi repassada por meio de convênios e contratos rastreados pela Controladoria-Geral da União(CGU)
11 de setembro de 2010 | 0h 00
Leia a notícia
Comentários 11EmailImprimirTwitterFacebookDeliciousDiggNewsvineLinkedInLiveRedditTexto - + Marta Salomon / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Está próximo de R$ 820 milhões o potencial de desvio de dinheiro público no Amapá sob investigação da Operação Mãos Limpas. Esse é o valor de repasses feitos pela União a órgãos do Estado e da Prefeitura de Macapá nos quais supostamente operava a organização criminosa composta por políticos, servidores públicos e empresários.
Convênios e contratos no valor de R$ 819,6 milhões, transferidos ao Estado e à prefeitura, já foram rastreados pela Controladoria-Geral da União (CGU), que ainda não calculou quanto foi, de fato, desviado. Esse dinheiro foi repassado num período inferior a dois anos, desde o início de 2009.
"Chama a atenção a amplitude do esquema de corrupção, envolvendo dois Poderes e duas esferas de governo. Os indícios de operação de uma organização criminosa não sugerem algo corriqueiro, nos lembra o caso recente do governo do Distrito Federal", avaliou o ministro Jorge Hage, da CGU, numa referência ao escândalo que derrubou o ex-governador José Roberto Arruda.
As auditorias da CGU no Amapá começaram em março, depois que a Polícia Federal identificou os primeiros indícios de atuação de uma quadrilha para desvio de dinheiro público no Amapá. O trabalho mirou especialmente as áreas de educação, saúde, assistência social, esportes e segurança pública - em que a atuação da suposta quadrilha se concentrou.
Antes disso, contou Hage, os auditores já haviam encontrado irregularidades nos repasses de dinheiro da União ao Estado, mas só com a quebra de sigilo telefônico e fiscal as investigações avançaram. "Era inicialmente o que chamamos de corrupção trivial. Na verdade, era apenas a ponta do iceberg", disse Hage.
Até aqui, a Controladoria-Geral da União já identificou vários mecanismos de desvio de dinheiro público na operação. "Havia de tudo, fraudes diversas, de direcionamento de licitações a comprovação de despesas mediante notas frias", disse o ministro. O potencial de desvio de dinheiro público é maior na área de educação, que recebeu mais dinheiro da União.
Nota da CGU citou cinco tipos de irregularidades: direcionamento de licitações para favorecer empresas na aquisição de veículos e equipamentos a preços superiores aos valores de mercado, superfaturamento em obras e serviços de reformas em delegacias de polícia e do 2.º Batalhão de Polícia Militar, inclusão de itens indevidos no cálculo de custo de contratos de obras, uso de dinheiro de convênios para outros fins e fraudes na escolha de empresas para serviços de vigilância e limpeza.
No fim de semana, 30 auditores da CGU participarão da análise do material apreendido pela Operação Mãos Limpas ontem, ao lado de peritos da Polícia Federal.
Valor desviado pode chegar a R$ 820 milhões
ResponderExcluirSoma foi repassada por meio de convênios e contratos rastreados pela Controladoria-Geral da União(CGU)
11 de setembro de 2010 | 0h 00
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Está próximo de R$ 820 milhões o potencial de desvio de dinheiro público no Amapá sob investigação da Operação Mãos Limpas. Esse é o valor de repasses feitos pela União a órgãos do Estado e da Prefeitura de Macapá nos quais supostamente operava a organização criminosa composta por políticos, servidores públicos e empresários.
Convênios e contratos no valor de R$ 819,6 milhões, transferidos ao Estado e à prefeitura, já foram rastreados pela Controladoria-Geral da União (CGU), que ainda não calculou quanto foi, de fato, desviado. Esse dinheiro foi repassado num período inferior a dois anos, desde o início de 2009.
"Chama a atenção a amplitude do esquema de corrupção, envolvendo dois Poderes e duas esferas de governo. Os indícios de operação de uma organização criminosa não sugerem algo corriqueiro, nos lembra o caso recente do governo do Distrito Federal", avaliou o ministro Jorge Hage, da CGU, numa referência ao escândalo que derrubou o ex-governador José Roberto Arruda.
As auditorias da CGU no Amapá começaram em março, depois que a Polícia Federal identificou os primeiros indícios de atuação de uma quadrilha para desvio de dinheiro público no Amapá. O trabalho mirou especialmente as áreas de educação, saúde, assistência social, esportes e segurança pública - em que a atuação da suposta quadrilha se concentrou.
Antes disso, contou Hage, os auditores já haviam encontrado irregularidades nos repasses de dinheiro da União ao Estado, mas só com a quebra de sigilo telefônico e fiscal as investigações avançaram. "Era inicialmente o que chamamos de corrupção trivial. Na verdade, era apenas a ponta do iceberg", disse Hage.
Até aqui, a Controladoria-Geral da União já identificou vários mecanismos de desvio de dinheiro público na operação. "Havia de tudo, fraudes diversas, de direcionamento de licitações a comprovação de despesas mediante notas frias", disse o ministro. O potencial de desvio de dinheiro público é maior na área de educação, que recebeu mais dinheiro da União.
Nota da CGU citou cinco tipos de irregularidades: direcionamento de licitações para favorecer empresas na aquisição de veículos e equipamentos a preços superiores aos valores de mercado, superfaturamento em obras e serviços de reformas em delegacias de polícia e do 2.º Batalhão de Polícia Militar, inclusão de itens indevidos no cálculo de custo de contratos de obras, uso de dinheiro de convênios para outros fins e fraudes na escolha de empresas para serviços de vigilância e limpeza.
No fim de semana, 30 auditores da CGU participarão da análise do material apreendido pela Operação Mãos Limpas ontem, ao lado de peritos da Polícia Federal.