O Ministério Público de Minas Gerais instaurou dois procedimentos para apurar possíveis irregularidades na distribuição de lotes a pessoas carentes e na construção de três barragens em fazendas do prefeito de Glaucilândia, Marcelo Ferrante Maia (PSDB), do vice-prefeito Luiz Brant Maia (PDT) e de Afonso Brant, ambos tios do prefeito, com dinheiro público.
As investigações sobre a distribuição de lotes estão a cargo do promotor de justiça Paulo Vinícius Magalhães Cabreira. Dezenas de pessoas já foram ouvidas na Promotoria de Justiça de Montes Claros. Entre as descobertas feitas pelas investigações está a de que vários lotes foram doados para pessoas que sequer residem em Glaucilândia. Também se descobriu que vários membros de uma mesma família foram beneficiados com as doações. Pessoas que não se enquadravam no critério de pobreza exigido pela lei municipal que autorizou as doações teriam recebido lotes. Alguns dos beneficiados confessam que receberam lote em troca de apoio politico ao prefeito.
Já as investigações sobre a construção de três barragens na fazenda do prefeito e de dois tios dele estão a cargo do promotor de justiça Felipe Caires. O prefeito reafirmou ao Ministério Público que precisou fazer as barragens na sua fazenda e de seus familiares porque outros proprietários rurais do município se recusaram a receber o benefício.
Gilberto Zuba, ex-presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (CMDR) e atual presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Glaucilândia desmente o prefeito. Segundo ele, a assunto da construção das barragens sequer foi levado ao conhecimento do CMDR. “A questão das barragens não foi discutida no município. Ele simplesmente já chegou construindo as barragens diretamente na propriedade dele”, afirmou. Zuba também informou que já forneceu ao Ministério Público o nome de vários proprietários rurais de Glaucilândia que aceitariam a construção das barragens em suas propriedades, caso tivessem sido oferecidas, o que contradiz o prefeito.
Fonte: Amoglau Blog Spot
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