A Câmara Municipal de Jandira decidiu nesta terça-feira pelo afastamento da prefeita da cidade, Anabel Sabatine (PSDB).
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O afastamento foi decidido pela Comissão Processante da Câmara após denúncias de superfaturamento na compra de matérias de construção, fechamento de postos de saúde e contratação sem licitação de fornecedores de merenda.
O presidente da Câmara, vereador Wesley Marques de Oliveira Teixeira (PSB), deve assumir o cargo interinamente.
Anabel apresentou defesa na última sexta-feira, que foi rejeitada pela comissão. A prefeitura diz que vai recorrer da decisão na Justiça.
"É um afastamento ilegal, como já foi feito no passado, fruto de um ato arbitrário, de uma engenharia jurídica falha de dois ou três vereadores. Em Jandira, quando não se mata prefeito, tentam cassar no tapetão", disse o advogado da prefeita, Francisco Roque Festa.
Anabel assumiu o cargo em dezembro de 2010, após o assassinato do então prefeito, Braz Paschoalin (PSDB), uma das quatro mortes de políticos na cidade.
Paschoalin foi fuzilado em frente a uma rádio local, em dezembro de 2010. Antes, haviam sido mortos o ex-vereador Waldemiro de Oliveira (PDT) e o suplente de vereador Ivo Aureliano.
Em agosto de 2011, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que a Polícia Civil instaurasse um novo inquérito para investigar a possível participação de Anabel no assassinato de Paschoalin.
Naquele mesmo ano, a prefeita Anabel Sabatine foi afastada do cargo, mas retomou suas atividades no cargo depois de liminar concedida pelo juiz Bruno Cortina Campopiano, da 1ª Vara Distrital de Jandira.
Segundo os vereadores, o afastamento veio também após denúncias de irregularidades apresentadas por moradores da cidade.
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