RICARDO BRITO - Agência Estado
O vice-presidente da CPI do Cachoeira, o deputado petista Paulo Teixeira
(SP), defendeu o indiciamento do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo,
por envolvimento com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Um relatório da Polícia Federal diz que Perillo firmou um "compromisso" com a
Delta Construções, assim que assumiu o cargo, no ano passado. O acordo contava,
diz a PF, com a intermediação de Cachoeira.
O acerto incluiria a liberação de créditos milionários da empreiteira com o
governo goiano mediante suposto pagamento de propina a Perillo. O primeiro
"compromisso", segundo reportagem da revista Época desta semana, teria
sido a compra da casa do governador de Goiás pelo contraventor. "Fechou o cerco.
O relatório da Polícia Federal é a prova cabal de que a venda da casa foi para
Cachoeira, foi pago com dinheiro da Delta e que houve uma vinculação entre os
pagamentos de créditos para a empreiteira e a quitação das parcelas pela casa",
afirmou Teixeira.
Questionado sobre por quais crimes o governador de Goiás poderia ter o indiciamento sugerido pela comissão, Paulo Teixeira, que também foi líder do PT na Câmara, disse que não é possível saber agora. "Tem muitos tipos penais que ele será enquadrado", afirmou. A CPI tem prazo para encerrar os trabalhos em novembro, caso não seja prorrogada. Suas conclusões serão remetidas para o Ministério Público, que poderá, ou não, acatá-las.
O relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), preferiu não comentar a sugestão feita pelo colega de partido sobre o indiciamento de Perillo. "Nós falamos em lugares diferentes: não vou antecipar minha opinião a respeito do relatório final", disse. "Os fatos são conhecidos da CPI. A novidade é que a Polícia Federal se manifesta na linha de estabelecer os vínculos do governador com a organização criminosa", completou.
Para Cunha, os fatos reforçam o que ele já disse do governador: que Marconi "mentiu" à CPI sobre a venda da casa. No final de junho, o relator da comissão disse que a "história da casa" foi montada para negar a relação de Perillo com Cachoeira. Embora tenha admitido que Perillo "mentiu" à CPI, Cunha também não quis revelar se pedirá o indiciamento do governador por crime de perjúrio (falso testemunho) ao final dos trabalhos.
Fonte: Estadão.com.br
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Relatório da PF comprova elo entre Cachoeira e Perillo
Perillo dobrou patrimônio ao assumir governo
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Dida Sampaio / AE
Questionado sobre por quais crimes o governador de Goiás poderia ter o indiciamento sugerido pela comissão, Paulo Teixeira, que também foi líder do PT na Câmara, disse que não é possível saber agora. "Tem muitos tipos penais que ele será enquadrado", afirmou. A CPI tem prazo para encerrar os trabalhos em novembro, caso não seja prorrogada. Suas conclusões serão remetidas para o Ministério Público, que poderá, ou não, acatá-las.
O relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), preferiu não comentar a sugestão feita pelo colega de partido sobre o indiciamento de Perillo. "Nós falamos em lugares diferentes: não vou antecipar minha opinião a respeito do relatório final", disse. "Os fatos são conhecidos da CPI. A novidade é que a Polícia Federal se manifesta na linha de estabelecer os vínculos do governador com a organização criminosa", completou.
Para Cunha, os fatos reforçam o que ele já disse do governador: que Marconi "mentiu" à CPI sobre a venda da casa. No final de junho, o relator da comissão disse que a "história da casa" foi montada para negar a relação de Perillo com Cachoeira. Embora tenha admitido que Perillo "mentiu" à CPI, Cunha também não quis revelar se pedirá o indiciamento do governador por crime de perjúrio (falso testemunho) ao final dos trabalhos.
Fonte: Estadão.com.br
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