Lourival Sant'Anna, enviado especial do 'Estado' à Líbia
BENGHAZI - Milicianos leais ao ditador líbio, Muamar Kadafi, atacaram jornalistas estrangeiros em Benghazi, na noite de domingo, 20. Um carro passou atirando contra dois fotógrafos que voltavam para o hotel no qual estavam hospedados na capital rebelde. Eles iam com uma escolta. O guarda não teve escolha a não ser jogar-se no chão também.
Em seguida francoatiradores abriram fogo de prédios próximos. Granadas explodiram perto dos fotógrafos - facilmente identificáveis pelo equipamento.
Os poucos jornalistas em Benghazi transferiram-se dos grandes hotéis para hotéis pequenos noutra região da cidade. Quando o confronto começou, todas as luzes do hotel no qual a reportagem do Estado está hospedada foram apagadas.
Os jornalistas trabalhavam juntos em uma sala na qual era possível ver a avenida onde acontecia o confronto. Primeiro as luzes da sala foram apagadas.
Os tiros e explosões se intensificaram, e os repórteres recuaram para um saguão interno. No total, o confronto durou cerca de 2 horas. Alguns dos guardas do hotel juntaram-se aos combatentes rebeldes na luta contra os milicianos de Kadafi.
No momento há pelo menos seis jornalistas estrangeiros e seis líbios desaparecidos no país. Os estrangeiros são: três da France Presse e um da Getty Images, a 30 km de Tobruk; dois da Al-Jazira, que estavam no oeste do país. Quatro enviados do New York Times foram libertados hoje.
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