A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta segunda-feira que a radiação nos alimentos após o terremoto que danificou uma usina nuclear no Japão é mais séria do que anteriormente imaginado, deixando em segundo plano as notícias de sinais de avanço na batalha para evitar um derretimento catastrófico nos reatores.
Engenheiros conseguiram conectar cabos de energia a todos os seis reatores do complexo de Fukushima, 240 quilômetros ao norte de Tóquio, e ligaram uma bomba de água em um deles para reverter o superaquecimento que desencadeou a pior crise nuclear mundial em 25 anos.
Mais tarde alguns trabalhadores foram retirados de um dos reatores mais seriamente danificados quando uma fumaça emergiu brevemente do local. Não houve nenhuma explicação de imediato para a fumaça, mas autoridades haviam dito anteriormente que a pressão no reator 3 está aumentando. Também foi vista fumaça no reator 2.
O terremoto e o tsunami de 11 de março deixaram mais de 21 mil mortos ou desaparecidos e custará 250 milhões de dólares a uma economia já combalida, o que representa o desastre natural mais caro do mundo.
O chefe da agência atômica da ONU disse que a situação nuclear continua muito séria, mas que será resolvida.
"Não tenho dúvida de que esta crise será superada eficientemente", declarou Yukiya Amano, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em uma reunião do comitê de emergência.
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